quinta-feira, 31 de março de 2011

A doçura da bucaneira

A gente terminando um almoço bem gosto em família - degustado na velocidade da luz em meio a boas risadas, como todo almoço de dia de semana que conta com a ilustre presença do Dono da Casa.

De sobremesa, eu digo pra Sá, "tem aquele último bombom que você guardou! Pega lá e come, Sá!". E ela:

- Eu não ligo pra chocolate. Quem quiser pode comer.

O Dono da Casa, desarvorado, reivindica o doce. Eu, pra criar um caso, grito que também quero, também quero, "para de proteger o papai e dar todo chocolate pra ele, Sá, coitada da sua mamãe!!". Ela cai na cilada:

- Ai, calma! Vamos dividir.

- Dividir nada, eu quero tudo, Sá. Não dá pra dividir um bombom tão pequeno! - diz o pai que não se contenta com calorias de dois dígitos.

- Não, dá pra mim, Sá, a mamãe te ama e faz tuuudo pra você... - diz a mãe sem um mínimo de dignidade.

- Bom, então eu acho melhor a gente resolver isso como fazem os piratas, mãe.

E aí eu pensei que a coisa tinha ficado séria - e que ela ia colocar os próprios genitores pra brigar com faca ou fazer competição de quem entorna mais doses de rum.

- E como é que os piratas resolvem isso, Sá?

Ela respira bem fundo, segura o fôlego e depois:

- Uni-du-ni-tê, sa-la-me mim-gue...

Não sei, não, mas acho que a Sabrina só conhece piratas do Discovery Kids.

terça-feira, 29 de março de 2011

Com um pouco de álcool e um isqueiro

É assim, como no título, que eu acabaria com a bagunça. Refiro-me não à bagunça pouquinha que toda casa tem, e sim à bagunça clínica. Bagunça clínica é como eu chamo aquela que aparece em dois programas que me tiram o sono, "Obsessivos Compulsivos" (toda terça às 22h no canal A&E) e o recém-lançado "Acumuladores" (toda quinta às 22h no Discovery Home&Health).

O caso é que, mesmo com o álcool e o isqueiro, provavelmente eu jamais acabaria com a bagunça dessa gente. Sendo uma doença - eles chamam em português de colecionismo -, a gente poderia malhar uma fogueirona que a baderna voltaria. Simplesmente porque aquelas pessoas têm um distúrbio de comportamento, e não uma maniazinha de juntar tralha apenas.

Meu problema com isso (e daí quase perder o sono com os tais programas) é que eu acho que tenho um colecionismo às avessas. Eu não gosto de guardar. Estocar me incomoda. Ver roupas que não uso me aborrece. Notar armários e mais armários repletos de objetos sem uso, empoeirados, obsoletos e esquecidos me tira realmente do sério. Sério!

Pode ser aqui em casa (o que não acontece, porque, como eu disse, mando tudo fora), pode ser na casa alheia. Ver acumulação de coisas me dá coceira espiritual. Eu simplesmente não sou capaz de entender as pessoas que guardam troços demais. Tenho agonia de gente que soca em casa bibelôs, peças de vestuário, brinquedos, louças, cacarecos de todo tipo "e aquela caneca linda que o tio Onofre me trouxe da Oktoberfest em 1982!".

Eu não consigo guardar nada que não seja a) de uso diário; b) de uso moderado, porém certo ao menos 6 vezes ao ano; c) de decoração, porém com uma história importantíssima pra mim. Aqui cada coisa que está à vista ou nos armários tem uma serventia. Se não foram utilizados nos últimos três meses, correm sério risco de despejo.

Muita gente - ok, a minha irmã principalmente - critica esse jeito. Diz que é inacreditável o fato de eu "jogar coisas fora". Mas eu explico pra Silvia, ela não entende porque não quer: eu não jogo nada fora. O que não uso é doado, vendido ou reciclado. Na verdade ela não entende porque, mesmo que num nível ínfimo, minha irmã é hoarder (o termo em inglês pros bagunceiros clínicos).

Ela tem uma casa grande - e, eu acho, espaço demais permite crescer em nós a síndrome da acumulação. Lá ela tem jogos de pratinhos com apenas três sobreviventes e bonecas que minhas sobrinhas brincavam há 15 anos. Ela pira comigo, eu piro com ela. Ela não entende como eu posso dar embora os brinquedos antigos da Sabrina; eu não entendo o motivo de guardar o Pedro, boneco desgrenhado que as filhas dela arrastavam por todo canto, soterrado em tralhas no maleiro do quarto. Ou as coisas são brincáveis, ou são doáveis. Xuxar o Pedro lá em cima... poxa, eu acho até um desrespeito com ele! Quem assistiu "Toy Story" concorda, os brinquedos querem ser brincados...

Acontece que a baguncinha nossa de cada dia é um tópico até curioso e divertido, mas a bagunça que aparece naqueles programas da TV a cabo não é pra rir. Dá é vontade de chorar. Eu queria muito entender o cérebro de uma pessoa que compra compulsivamente, não usa e sequer retira as etiquetas, empilha por todo lado (mesmo, até o teto), esquece que existe. E que depois, quando confrontada, surta e vocifera que aquele negócio é a coisa que define sua existência, a mais importante do mundo.

As coisas tomam o lugar das pessoas - e crianças são levadas pelo juizado, animais de estimação ficam doentes, a casa degringola a ponto de apodrecer. Como isso acontece? Por que? Como alguém pode preferir coisas às pessoas? Eu descompreendo.

Tenho pena, mas confesso que tenho um pouco de raiva. Tenho ganas de catar aquela turma e enfiar todos no consultório do psiquiatra - e só deixar sair quem repetir comigo "não devemos tratar gente como coisa e coisa como gente".

Vai ver é a minha síndrome reversa falando mais alto. Mas ainda acho mais negócio gostar racionalmente de coisa ou outra do que me ver sob uma avalanche de bagunça. Pena que às vezes isso seja muito mais complicado e a cabeça, transtornada, não consiga escolher o álcool e o isqueiro.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Procura-se um médico de família

Procura-se um médico sábio, que entenda de tudo quanto é doença e esteja sempre à postos.

Procura-se um médico já com alguma experiência, mas não um matusalém que já se encheu o saco de humanos e não tem mais paciência de ouvir uma reclamação de dor.

Procura-se um médico que faça consultas de mais de 5 minutos - porque eu gosto de profissionais que levam 5 minutos apenas nos cumprimentando, perguntando da família, do trabalho e do lazer. Porque, eu acho, tudo isso influi na nossa saúde e assim ele tem um embasamento de fato.

Procura-se um médico que, por outro lado, não tenha um consultório abarrotado onde você chega às 14h conforme combinado previamente, mas a patricinha que marcou encaixe às 12h e apareceu 14h15 passa na sua frente. Enfim, procura-se um médico que marque um consulta por cada meia hora, sei lá, e respeite a fila. Ou marque a cada uma hora, que seja. Médico não devia ser drive-thru, oras.

Procura-se um médico que examine com atenção, afinco, concentração. Procura-se um médico que use mais do que um palito de madeira molambento como método de análise - e que não saiba só dizer "ah, é uma inflamação, toma aqui esse antibiótico por 7 dias e some da minha frente". Mesmo que não diga a parte final.

Procura-se um médico que peça exames com critério, que administre pílulas com parcimônia e, principalmente, que não nos trate como imbecis. Que fale, explique, desenhe se for o caso, mas diga certinho o que há de errado, porque aconteceu, como consertar e um modo para que não ocorra de novo.

Procura-se um médico que atenda pelo plano, mas não fique desgostoso pela ninharia que recebe dessas merdas dessas empresas de seguro e nos atenda porcamente por causa isso. Ou procura-se um médico que, rebelde, não atenda os planos então - mas cobre o justo, dê recibo e faça por merecer.

Procura-se um médico que atenda o telefone nas emergências (e não com voz de ódio, preferencialmente). E se não puder atender, porque médico também é filho de Deus e a gente respeita isso, que retorne a ligação. Retorne breve, não cinco dias úteis depois que a criança já sarou, tá?

Procura-se um médico gentil, amável, tranquilo e consciente, que não faça apostas e nos deixe de cabelo em pé para depois o exame mostrar que não era nada tão grave. E, se for grave, que seja ainda mais doce para seguir em frente conosco.

Procura-se um médico esperto e inteligente, que use de técnicas modernas e também veja o poder que tem o chá da vovó em certas horas. Um médico que não saiba só do que é seu, mas possa também cruzar informações e descobrir quem é a alergia, de onde ela vem e para quem trabalha - e que não receite a mesma pomada inócua 50 vezes.

Procura-se um médico sabido, não sabichão; sério, não sisudo; eficaz, não fascinado pelas viagens-prêmio dos laboratórios e que joga qualquer raticida na nossa goela.

Ao procurar, me dizem que eu quero o impossível. Que isso antigamente se chamava "médico de família", que conhecia as pessoas, visitava em casa e resolvia de indigestão a unha encravada. Que isso não existe mais e que o negócio agora é ficar feliz por não ter uma perna amputada sem necessidade. Mas eu não me acostumo com pouco. Ainda sonho com um bom doutor que queira ajudar porque se importe e porque prometeu fazer isso. É vocação mesmo, tratar da saúde alheia. Eu espero que eles todos ouçam esse chamado, então.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Só tomando uma

Aí a gente pega trânsito por uma hora cheinha pra chegar no consultório médico e apanhar a guia de exame que a doutora disse que deixaria na portaria do prédio. Aí o envelope, claro, não está - porque, né, o Brasil deve ter algum componente em sua água que faz todos nós ignorarmos o que ficou comprometido.

Aí a gente apanha o elevador com a filhinha no colo (porque a pobre Olívia acaba virando minha mochilinha pra esses passeios from hell), e em seguida o transporte vertical é lotado de gente. Colado à nós, um senhor italianado mei surdo. Em meio a vários "o senhor quer que aperte o seu andar?" e "aperta o sétimo andar por favore, meu filho!", ele puxa conosco o papo mais absurdo em décadas:

- É menina?
- É menina, sim senhor.
- Hã? Menina ou menino?
- MENINA!
- Menino?
- ME-NI-NAAA!
- Você só tem essa?
- Não, tenho uma mais velha.
- Hã? Só tem essa?
- Não, TENHO UMA MAIS VELHA!
- Ah. Quer um menino agora então, né?
- Na verdade eu não sei se vou ter mais filhos, mas eu não escolho sexo, não.
- Hã?
- ...
- Bom, se você quiser um menino, é só tomar suco de limão num dia, suco de laranja no outro, suco de limão no outro e assim por diante. Isso faz a acidez aumentar no útero e vem menino!
- Ah, obrigada pela dica então.
- Hã?

Bom, aí entra na conversa uma fulana ao lado e me solta:

- Hohoho... Que legal! E pra minha filha, que só tem dois "ragátzos", o que o senhor acha que ela deve tomar?

Aí a Flávia responde "Que tal tomar vergonha e parar de ter crianças a valer esperando aparecer aquela de 'sexo certo', hein?".

Mentira, a Flávia não respondeu nada. Só pensou. Mas aí chegou o sétimo andar e Don Corleone desceu, ainda sorrindo, acenando pra mim e dizendo "é tiro e queda, viu!".

PS.: Escalei os andares a toa, porque não havia doutora, secretária ou mesmo, e mais importante, envelope no consultório. Ao chegar em casa, mais uma hora de tráfego depois, cogitei tomar uma tequila - com um twist de laranja ou limão, pra mim tanto faz.

terça-feira, 15 de março de 2011

Um pouco do que eu aprendi viajando com as crianças

- Para entreter um pequeno durante horas de vôo, nunca, NUNCA se deve levar bonequinhos de montar, bonequinhas com sapatinhos, lego ou qualquer miudeza muito miudinha. O diabo acaba derrubando tudo e a gente passa metade da jornada caçando as porcariazinhas com os joelhos naquele carpete imundo e a cabeça roçando em gente estranha.

- Jamais levar bolsas bonitas de carregar no ombro pra fazer vista de socialite. O negócio é mochila mesmo, daquela bem ajeitada nas costas e contendo muda de roupa, fraldas, mamadeira, água, o paninho, o bichinho de pelúcia e todos os 1.465 etcs..

- O iPod costuma ser item próprio de gente maior, mas os pequenos também se apegam nele. Baixando uns dois ou três CDs que tragam hits como "O Sapo Não Lava o Pé", "A Barata Diz que Tem" e toda a discografia do Cocoricó, o iPod vira melhor amigo imediatamente.

- Planejar é essencial, mas não se pode deixar o planejamento comandar a nossa viagem. Porque coisas deliciosas como extravio de mala e hotel que era melhor na foto acontecem mais do que a gente pensa. O negócio é planejar sim, mas relaxar, aproveitar e rir das desgraças também. E se tiver que comprar fralda local e um leite novo e esquisito, que seja - na verdade, costumam aparecer surpresas positivas nessa hora, quando a gente deixa de ser control freak.

- Ter criança viajando junto não é martírio, como muita gente insinua, é uma maravilha, basta saber dosar o que interessa aos grandes com o que interessa aos menores e vai dar tudo certo. Bom, com elas a gente passa na frente em todas as filas!

- Esse negócio de "levar pra quê, o moleque não vai lembrar nada quando crescer!" é uma completa estupidez. Viajar forja a alma em todas as épocas da vida - e mesmo sem lembrar daqui ou de lá, a criança vai conviver com novos sotaques, novos idiomas, novas caras, novas maneiras e tradições. Tem motivo melhor pra estar com eles em toda viagem? Além disso, nós, pais, vamos lembrar sempre. E que boa lembrança...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bota água na generosidade, vai?

Generosidade é a virtude de quem é nobre, de quem tem grandeza de alma e dá sem pestanejar, sem medir esforço, sem esperar retorno. Ser generoso é do caralho, né?

É uma das qualidades que eu mais admiro, junto com a gentileza. E admiro principalmente quando é uma generosidadinha assim pequenininha, que ninguém em volta percebe direito. Só quem recebeu a generosidade - e, mesmo assim, às vezes nem esses.

Gosto daquele ato de fazer um bem por pura... pura generosidade mesmo! Daquele que pega o bife menor pra que o outro coma o maior; daquele que assiste um programa de TV estúpido só pra agradar o parceiro; daquele que cuida da criança e depois diz "magina, fez bagunça nenhuma, foi ótimo!" (mesmo a gente sabendo que o moleque tocou o puteiro máximo a ponto de escalar as cortinas até o varão).

Generosidade bobinha me cativa. As grandes também, claro - quem não vai achar bonito o milionário doar uma grana preta pra instituição que cuida de gente doente? É lindo e ótimo. Mas é que nem todo mundo pode com uma generosidade dessas, sabe-se disso. Nem todo mundo pode repartir seu jatinho. Por isso que repartir o pãozinho já é de uma nobreza deliciosa.

E o legal da generosidade é que parece que ela tem tudo a ver com dinheiro, mas não tem nada. Pode ter, mas não necessariamente. Acho lindíssimo, por exemplo, ver alguém gastar seu tempo precioso em prol do outro. Quem tem tempo hoje em dia? Ele vale ouro! E daí um amigo para tudo o que está fazendo pra ajudar o outro a pintar a parede no sábado às 8h; ou sai do trabalho mais cedo pra salvar o jumento que não revisou o carro e está parado na Marginal; ou vara a noite em claro cuidando do cachorro alheio que só uiva de saudade. E nem reclama!

Generosidade assim, aquela real de quem não quer paga, é coisa de gente nobre mesmo. Não de quem tem o título, o poder, a bufunfa ou o sangue azul da cor do céu. É nobreza de caráter, de saber que cada um de nós é só uma engrenagem bestinha nessa máquina e que, porra, nossas ações se completam. Não?

Se eu pudesse querer algo pro mundo hoje, ia querer mais gente generosa nascendo. Porque poucas coisas são mais do caralho que a generosidade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O que anda rolando, hein?

Daí a gente faz um blog pra falar da vida, né. Pra falar da vida, mas mais precisamente pra falar o que se pensa da vida e o que se anda fazendo dela. Bom, eu sempre pensei que blog era assim, mais pra filosofar e tirar a coisa da cabeça e jogar na rede e ver se os outros pensam nisso também - e não pra dizer o que eu comi no café da manhã, como um pessoal fazia lá no início dos blogs, em... em outra era.

O diabo é que, quando a cabeça está à mil ou a zero, blog não anda. Não adianta. E que saco é entrar na tal página do tal fulano e ler lá, vez na vida, vez na morte, o post do famigerado "ai, gente, desculpa o sumiço, ando ocupadíííssimo...". Pode ser que sim mesmo. Ou pode ser falta de assunto. Ué, nem sempre se pode ser Deus e ter tanto assim pra dizer!

Eu, por exemplo, fiquei sem ter o que dizer. Nem tive vontade de contar, por exemplo, dos quatro dias de internação hospitalar da Sabrina. Nessas horas a gente fica tão chocada, frustrada, triste e sem alma que vai escrever o quê?

Poxa, mas ela sarou e eu também não contei sobre isso - sobre como voltou a ser a Sasá de sempre, aquela que bate um prato de feijoada, repete e ainda pergunta se tem um docinho pra sobremesa.

Ah! Também teve a novidade da minha mãe. A santa, às 72 primaveras, vai pra Machu Picchu. Será daqui dois meses - e eu bem que quis fazer uns textos sobre como abomino excursões, sobre o Peru em si, sobre gastar bem a aposentadoria... Não fiz. Hora dessas, quem sabe.

Opa, e teve também o dia em que eu cortei o cabelo. Não contei que cortei o cabelo, né? Cortei curto, uns 12 dedos de juba tosada. Eu ia escrever sobre esse povo que cultiva cabelo como se fosse açafrão raro, e não célula morta que vai crescer tudo de novo, mas... bom, também ficar fazendo blog só pra avacalhar que é apegado no cabelo, aí não.

Falei que o Dono da Casa viajou por nada menos que 10 dias? Desde que eu o conheço, foi o maior período que ficamos separados. Ou quase. Ia fazer um texto sobre quando o conheci e ele viajou para um tour de reportagens que durou 42 dias e a gente paquerava no telefone. Era pra ser mesmo, viu, esse casamento... Porque só Penélope (aquela do Ulisses, a tricoteira) pra esperar tanto. Não escrevi porque, bem, fico meio avexada de declarar assim aos quatro ventos o quanto meu marido é bacana, divertido, gente fina e como é dureza ficar longe dele e das manias insuportáveis dele.

Também não falei que a Olívia já conta quase 6 meses, 7,650 kg e uma vida de sem-vergonhice. A sapeca vai entrar amanhã na papa de legumes, contei isso? Não?! Pois vai. Depois teço um longo texto sobre como a gente vai piscando e essa molecada vai passando do leite pra papa, da papa pro berçário, do berçário pras festas do pijama, das festas do pijama pros namorados... Eu mando parar de crescer aos berros, mas essas piolhentinhas nunca obedecem!

Tinha o que falar do futuro, sim, porque ando inventando umas modas aí que, se derem certo, ui, vão render muitos e muitos e muitos textos! Adoro essas perspectivas - mas, ai, melhor falar quando acontecerem mesmo, que senão pode zicar. Ô, um texto sobre zica é legal, não é? Zica na pauta - na pauta do futuro.

De fato, ocorreu nada muito importante pra contar. Eram só essas coisas minhas, que todo mundo passa e ninguém vai se interessar a valer. Eram só acontecimentos de dia-a-dia e nada que fosse mudar a vida de ninguém. Só a minha, claro. Vai ver blog a gente faz é pra gente mesmo, né? E quem quiser vem saber! Bom assim.